A Itália não quer ver "um criminoso livre nas praias do Rio de Janeiro", declarou nesta quarta-feira à noite o ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, e acrescentou que o Brasil cometeu um "grave erro" ao considerar Cesare Battisti como refugiado.
Para obter a extradição do ex-militante de extrema esquerda, a "Itália continuará com suas iniciativas judiciais e políticas junto ao Parlamento italiano e também no Parlamento europeu", afirmou ao programa de notícias da rede de televisão pública Rai1.
Uma onda de indignação foi vista na Itália após a decisão do então presidente Lula, anunciada no último dia de seu mandato, em 31 de dezembro, de negar a extradição de Battisti, condenado em 1993 à prisão perpétua por quatro assassinatos e cumplicidade em homicídios nos anos 70, crimes dos quais se considera inocente.
A Itália convocou seu embaixador Gherardo La Francesca para consultas e anunciou sua intenção de apelar ao Supremo Tribunal do Brasil e, eventualmente, recorrer ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) de Haia.