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Palocci assume Casa Civil e promete relação positiva com a imprensa

O novo ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci tomou posse neste domingo (2/1) no final da manhã em Brasília, prometendo ter uma relação saudável e positiva com a imprensa. Porém, avisou que só concederá entrevistas quando a presidenta Dilma Rousseff autorizar. Bem-humorado, o ministro brincou: ;Serei econômico com as palavras (na relação com a imprensa);. Ele nomeou o ex-ministro da pasta Carlos Eduardo Esteves Lima para ser seu assessor especial.
[SAIBAMAIS]
Na Casa Civil, Palocci terá contato constante e direto com Dilma. O gabinete do novo ministro fica localizado no Palácio do Planalto, próximo ao da presidenta, no mesmo prédio onde também estarão os dos ministros do Gabinete de Segurança Institucional, José Elito Carvalho Siqueira, e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio.

A cerimônia de transmissão de cargo de Esteves para Palocci foi prestigiada por políticos, empresários e antigos companheiros de militância do novo ministro. Da base aliada, estavam presentes, entre outros, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado Paulo Maluf (PP-SP). Glauco Arbix, que atuou no movimento estudantil Liberdade e Luta (Libelu) com Palocci, também compareceu à solenidade, assim como o empresário Jorge Gerdau.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não participou da cerimônia, que teve ainda a presença dos ministros Míriam Blechior, do Planejamento, Paulo Bernardo,
das Comunicações, Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Alexandre Padilha, da Saúde.

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, apontado por Dilma como um dos ;três porquinhos; como símbolo de união e coesão durante a campanha eleitoral. Os outros porquinhos, segundo a presidenta, eram Palocci e o novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Formado em Medicina, Palocci foi deputado federal e ministro da Fazenda do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até 2006. Fora do governo, Palocci se manteve fiel nas articulações no Congresso e foi um dos principais negociadores da campanha de Dilma à Presidência da República.