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Politica

Mantido como ministro, Fernando Haddad trabalha no MEC desde 2004

Fernando Haddad está no Ministério da Educação (MEC) desde 2004. Foi secretário-executivo durante a gestão de Tarso Genro e assumiu a pasta julho de 2005. Formado em direito, com mestrado em economia e doutorado em filosofia, é professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da Universidade de São Paulo (USP).

Haddad é filiado ao PT de São Paulo e trabalhou na Secretaria de Finanças de São Paulo quando Marta Suplicy era prefeita.

Nos cinco anos que esteve à frente do MEC, Haddad implantou importantes projetos do governo Lula, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) que já distribui 748 mil bolsas a estudantes pobres em instituições privadas de ensino superior. Também foi responsável por uma expansão das vagas nas universidades federais e das escolas técnicas e pela reforma do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Haddad também criou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia a qualidade do ensino oferecido e atribui uma nota para cada escola pública. O orçamento da pasta quase dobrou entre 2005 e 2010 ; pode chegar a R$ 65 bi este ano - com aumento de repasse de verbas para os municípios mais deficientes.

Ele também enfrentou alguns momentos de crise durante sua gestão. Desde o ano passado, quando lançou a ideia de substituir os vestibulares das universidades públicas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), problemas com o vazamento da prova, erros de impressão e na aplicação da avaliação colocaram Haddad na berlinda. Sua permanência no próximo governo chegou a ser questionada em função do desgaste que sofreu. Para resolver os problemas do Enem, o ministro defendeu que para 2011 o ideal seria aplicar duas edições da prova, projeto que está mais próximo de tornar-se realidade com a sua permanência à frente da pasta.