O ministro de Ciência e Tecnologia de Dilma Rousseff, a partir de 1; de janeiro, Aloizio Mercadante (PT-SP), tem uma longa trajetória no partido e 20 anos de vida parlamentar, na Câmara e no Senado Federal. Nas disputas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989 e 2002, participou da elaboração do programa de governo e atuou como um dos principais coordenadores.
Em 1994, Mercadante foi candidato a vice de Lula na campanha que elegeu o candidato do PSDB à Presidência da República, Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
No seu primeiro mandato de deputado federal, em 1990, Mercadante foi incumbido de representar o PT em duas comissões parlamentares de inquérito (CPI) que fizeram história: a da Corrupção, que resultou na renúncia à Presidência da República em 2 de outubro de 1992, do hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL); e a dos Anões do Orçamento, que apurou denúncias de corrupção praticadas por integrantes da Comissão Mista de Orçamento.
No Senado desde 2002, Aloizio Mercadante sempre ocupou cargos estratégicos para o governo Lula. De 2003 e 2006 fez o papel de interlocutor direto do Executivo com a Casa, na condição de líder do governo. Em 2008, foi indicado pelo PT para a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Ao mesmo tempo que presidia a CAE, Aloizio Mercadante foi eleito para a presidência do Parlamento do Mercosul (Parlasul) que reúne parlamentares do Brasil, da Argentina, do Paraguai, Uruguai. Atualmente, o líder do PT e do bloco de apoio ao governo é, também, vice-presidente do Parlasul, colegiado que defende os interesses dos países membros.
O futuro ministro de Ciência e Tecnologia tem alguns projetos ligados ao setor em tramitação no Senado. Está pronto para votação em plenário, por exemplo, projeto de lei que leva a internet rápida para 55 mil escolas urbanas e rurais de todo o país. Pela proposta, a execução desta meta seria bancada com recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).