A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) disse, hoje (13), que se "sentiu traída e enganada" pela assessora Liane Muhlemberg que se beneficiou de emendas parlamentares ao Orçamento para a organização não governamental (ONG) Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização (Ipam), da qual era presidente. A parlamentar disse que desconhecia tanto a ligação da ex-funcionária com a ONG e quanto a liberação de emendas orçamentárias para instituição e, por isso, não vê problemas em continuar na relatoria-geral da Comissão Mista de Orçamento (CMO)".
"Se eu desconhecia [o fato] e nunca fiz nenhuma emenda, nem nenhuma gestão para liberação de recursos a qualquer entidade estou à vontade [para permanecer na relatoria da CMO]", disse a senadora.
Serys acrescentou que, desde que foi nomeada, a assessora nunca fez qualquer menção de que era presidente de uma ONG. "Sobre isso não se conversa, se exonera", ressaltou.
A parlamentar afirmou que será rigorosa na apreciação da proposta orçamentária de 2011. Um ato da Comissão Mista de Orçamento, aprovado pelo Congresso, proibiu a liberação de emendas parlamentares para eventos culturais e de turismo. Os recursos deverão ser aplicados apenas em infraestrutura.
Hoje, ela teve um encontro com a equipe técnica do Ministério do Planejamento e, durante a tarde, terá encontros com os técnicos do Orçamento, líderes partidários do Congresso e participará da reunião da comissão.
Quanto ao valor do salário mínimo para 2011, a relatora disse que manterá em R$ 540. Serys Slhessarenko não descartou a hipótese desse valor ser aumentado. Ela aguarda o relatório de receitas da Comissão Mista de Orçamento e o pedido de cortes do governo para definir essas questões.