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Dilma oficializa convite para Garibaldi assumir Ministério da Previdência

O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) foi convidado na tarde desta quarta-feira (8/12) pela presidente da República eleita, Dilma Rousseff, para ser ministro da Previdência. Ele deixou pouco antes das 17h a Granja do Torto, onde se reuniu por cerca de meia hora a petista.

[SAIBAMAIS]Ao deixar o local, o ex-presidente do Senado, Garibaldi Alves confirmou o convite. ;Ela me convidou para a Previdência. Eu aceitei. Ela me disse que esperava que eu continuasse um trabalho que já está sendo realizado, com relação à reforma da gestão da Previdência, no que toca o fim das filas, o pagamento dos benefícios de uma forma mais ágil. Ela espera que eu não apenas continuasse isso, mas que pudesse melhorar;, afirmou, em entrevista.

Na terça-feira (7), em mensagem postada no Twitter, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), havia antecipado que Garibaldi, seu primo, seria o novo ministro da Previdência. O nome do senador foi escolhido por caciques do PMDB do Senado. Garibaldi será um dos cinco ministros da cota do PMDB.

Desafio
Ao ser perguntado sobre o tamanho do rombo da Previdência, que hoje chega a mais de R$ 42 bilhões, Garibaldi disse estar desinformado. ;O rombo eu não sei;, confessou. Independentemente de não conhecer a pasta que irá comandar, ele disse que vai encarar a missão como um desafio. Ele respondeu sem muito segurança que está preparado para exercer o cargo. ;Acho que estou. Todos nós temos que um dia responder a um desafio maior;, afirmou.


Reforma da Previdência
O peemedebista disse ainda que, na curta conversa, Dilma não abordou a reforma da Previdência, mas garantiu que o colocará em contato com o atual ministro da pasta, Carlos Eduardo Gabas. Quando perguntado se é a favor de uma reforma na Previdência, Garibaldi respondeu que é favorável a uma reforma de gestão. ;Já a reforma da legislação, que é mais complexa, isso temos que estudar melhor;, destacou.

Ao ser indagado se esse era o ministério que ele desejava, Garibaldi afirmou que não poderia querer uma pasta só para ele. ;Como é que eu vou ter a pretensão de ter um ministério ideal só para mim. Não posso, né;, desconversou.

Fator previdenciário

Sobre as suas primeiras ações à frente da pasta, o futuro ministro disse que vai se inteirar sobre o ministério para tomar medidas concretas. Até então favorável ao fim do fator previdenciário, Garibaldi reconheceu que esse pode ser um ponto de desequilíbrio, mas ponderou que não poderá eliminar o fator de uma hora para outra. ;Creio que nós precisamos caminhar. Não vamos, sem ter um diagnostico, ter condições de anunciar grandes mudanças. É preciso ir paulatinamente;, afirmou.

Equipe técnica
Garibaldi disse que caso se encante com o "tecnicismo;, ele poderá se transformar em um técnico. Mas, por enquanto, será um ministro político, com a pretensão de se cercar de uma boa equipe. ;Ela (Dilma) já me disse, com o conhecimento que tem, que a Previdência já tem hoje uma boa equipe, que vai me ajudar bastante.;