Os sete anos do Programa Bolsa Família foram comemorados hoje (7) com o lançamento da nova versão do cadastro único de todos os programas sociais do governo. Ele vai permitir a identificação de famílias moradoras de rua, indígenas, quilombolas, sem registro de nascimento e com crianças submetidas ao trabalho infantil, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
A partir do dia 13, a nova versão do cadastro único será implantada em 258 municípios e depois no restante do país. ;Isso [novo cadastro único] nos habilita, nos capacita a atender melhor a necessidade de cada família. Vai ser um cadastro com a cara do Brasil;, disse a ministra Márcia Lopes.
Durante a cerimônia, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fez uma retrospectiva da criação dos programas Fome Zero e Bolsa Família. Mais uma vez lembrou as críticas enfrentadas no início do seu governo. Segundo Lula, apesar das críticas, o resultado dos programas fará com que ele deixe o governo ;de cabeça erguida;.
;Valeu a pena a gente acreditar. Vocês fizeram com que no dia primeiro de janeiro quando eu descer eu saia de cabeça erguida e com um orgulho imenso das coisas que nós fizemos. Se não fizemos mais foi porque não sabia ou não tinha competência, mas fizemos mais do que os outros.;
Lula também falou sobre a importância da eleição de Dilma Rousseff, a primeira mulher presidenta do Brasil. ;A partir do dia 1; de janeiro vocês serão governados por uma mulher. Não uma mulher qualquer, uma mulher que aos 20 anos alguns imaginaram que poderiam tirá-la da luta [contra a ditadura militar]. A prenderam, a torturaram achando que aquilo teria quebrado a espinha dorsal dela e que nunca mais ela iria se meter em política;, disse. ; Dilma chega à Presidência sem raiva, sem ódio e tenho certeza que com muita disposição de ser um exemplo de que a mulher entrou na política para nunca mais sair;, completou.
Hoje, o Bolsa Família, maior programa de assistência social do governo, atende 12,8 milhões de famílias com renda per capita até R$ 140. O benefício varia de R$ 22 a R$ 200 conforme a renda e o número de crianças e adolescentes na família. Para receber o recurso, o governo exige que os filhos dos beneficiários frequentem a escola e que o calendário de vacinação das crianças com até 7 anos de idade esteja atualizado.