Sete pessoas foram presas no Amapá em um desdobramento da Operação Mãos Limpas. A operação foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) em setembro para desarticular uma organização criminosa composta por servidores públicos, políticos e empresários suspeita de desviar recursos públicos do estado e da União.
A PF não informou o nome das pessoas presas, mas elas serão levadas ainda hoje para a Superintendência da PF em Brasília, onde prestarão depoimento. Segundo a PF, foram cumpridos 22 dos 25 mandados de prisão e todos os 18 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As investigações mostraram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados à Secretaria de Educação do Amapá. O dinheiro vinha do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Os envolvidos no esquema estão sendo investigados pela prática de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, advocacia administrativa, ocultação de bens e valores, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, tráfico de influência e formação de quadrilha, entre outros. Entre os investigados estão o governador do estado, Pedro Paulo Dias (PP), o ex-governador Waldez Góes e o presidente do Tribunal de Contas do Amapá, José Júlio de Miranda Coelho.