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Após 4h de depoimento, Erenice Guerra deixa a Superintendência da PF

Após quatro horas de depoimento, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra negou envolvimento no suposto esquema de tráfico de influência e, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, admitiu ter se encontrado com o consultor Rubnei Quícoli - procurado por um de seus filhos para viabilizar um empréstimo bilionário no BNDES - desmentindo o último depoimento em que ela negou ter encontrado ele pessoalmente.

Segundo o advogado da ex-ministra, Mário de Oliveira Filho, "foi uma reunião de uma hora e quinze minutos, na qual ela participou por 30 minutos. Foi uma conversa rigorosamente técnica", declarou à Folha.

A ex-ministra deixou a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, após responder a todas as perguntas da PF sobre suposto esquema de tráfico de influência na Casa Civil, onde ela ocupou os cargos de secretária-executiva e ministra-chefe.

O escândalo veio à tona após reportagem da revista Veja. Segundo a PF, Erenice colocou a disposição da polícia o seu sigilo fiscal, bancário e telefônico. A Polícia Federal informou que não irá revelar o teor das declarações da ex-ministra.

Erenice teve de explicar, no inquérito comandado pelo delegado Roberval Ricalvi, se tinha conhecimento das irregularidades praticadas por seus filhos Israel e Saulo Guerra, na intermediação de negócios entre empresas privadas e estatais.


*Com informações do repórter Edson Luiz