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CCJ aprova convite a ex-presidente da Previ para falar sobre supostos dossiês

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado acaba de aprovar requerimento, apresentado pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que convida o ex-presidente do Fundo de Previdência do Banco do Brasil (Previ) Sergio Rosa e o ex-diretor da instituição Gerardo Xavier Santiago a explicar denúncias de suposta criação de dossiês contra adversários políticos do governo.

O ex-diretor da Previ afirmou, em entrevista à revista Veja desta semana, ter participado de um suposto esquema de fabricação de dossiês. A audiência foi marcada para o próximo dia 31, às 11h.

A comissão aprovou ainda requerimento do senador Pedro Simon (PMDB-RS) para que o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO), envie imediatamente ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedido de abertura de investigação das denúncias apresentadas por Santiago.

A audiência pública que seria realizada hoje (11) para ouvir o ex-funcionário do Palácio do Planalto Demétrius Sampaio Felinto foi adiada para o dia 31, às 10h. Em entrevista, Felinto disse ter cópia de vídeos que confirmariam encontro da ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira com a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

O advogado de Felinto explicou que ele não pode comparecer nesta quarta-feira por falta de tempo para se preparar para a audiência com os senadores.

A CCJ também aprovou convite para que o corregedor-geral da Receita Federal, Antônio Carlos D;ávila, dê explicações, no dia 31 deste mês, sobre o andamento das investigações de vazamento de dados sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas. Segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o comparecimento de D;Ávila ao Senado é necessário, uma vez que em carta encaminhada à CCJ a funcionária Antônia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva, suspeita de acesso indevido aos dados da Receita, afirma "que sua senha foi utilizada indevidamente".

A servidora, que deveria ter comparecido hoje à comissão, disse que apresentará explicações somente depois de encerrado o processo administrativo disciplinar, aberto pela corregedoria da Receita.