Jornal Correio Braziliense

Politica

Urna não sofrerá alteração

Ordem de votação, que começa com os deputados estaduais/distritais, será mantida

Relator do projeto que altera a ordem de votação nas urnas eletrônicas, o senador Demostenes Torres (DEM-GO) afirmou ontem, por meio de sua assessoria, que só vai tratar do assunto depois das eleições. A notícia desagradou aos deputados, que, em junho, aprovaram em tempo recorde a proposta que estabelece o voto a deputado federal como o primeiro.

Nas últimas eleições, o primeiro voto que aparecia nas urnas era para deputado federal. Em 2008, porém, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inverteu essa ordem para que o eleitor possa votar do menor cargo (deputado distrital/estadual) para o maior (presidente da República). Se confirmada a posição de Demostenes de adiar a votação no Senado, pelo menos nestas eleições vai prevalecer o que determinou o TSE.

O presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, já havia alertado aos líderes dos partidos no Senado que uma alteração na resolução obrigaria o tribunal a mudar três softwares implantados em 400 mil urnas de todo o país: votação, totalização e divulgação.

Não haveria ainda tempo hábil para fazer os testes de segurança. Outro prejuízo da modificação nas regras é que já foi iniciada a impressão de 54,2 milhões de folhetos de orientação ao eleitor e 1 milhão de cartazes explicativos sobre os procedimentos e a ordem de votação de candidatos na urna eletrônica, ao custo de R$ 500 mil.