O presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanecerá despachando no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo federal, por mais tempo que o previsto. As obras de restauração do Palácio do Planalto, que deveriam ser concluídas em abril deste ano, continuam se arrastando.
Da última vez que a Presidência se pronunciou sobre o assunto, Lula voltaria a trabalhar na Esplanada dos Ministérios assim que retornasse da viagem à África. Ontem, logo após o almoço, o presidente visitou o local e constatou a falha do planejamento. A mudança para o prédio não tem mais uma data definida.
Por volta das 14h, Lula esteve no terceiro andar do palácio. Lá, conheceu uma sugestão de decoração do gabinete. Na opção apresentada pelo diretor de documentação histórica da Presidência da República e Coordenador da Comissão de Curadoria dos Palácios da Alvorada e do Planalto, Cláudio Soares, há móveis utilizados pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek e desenhados por Anna Maria Niemeyer, filha do arquiteto Oscar Niemeyer. Lula gostou do novo gabinete, que está maior depois que uma sala da Assessoria Internacional da Presidência da República foi incorporada ao ambiente. No entanto, o presidente não decidiu se acatará a sugestão ou se vai permanecer com a decoração do atual gabinete.
No segundo andar do Palácio do Planalto, o petista visitou uma sala de reuniões onde costuma receber ministros para apresentações de dados por meio de projetor. Lula não gostou do que viu. Considerou que o lugar ficou muito grande. Menos de uma hora depois de chegar ao prédio, o presidente encerrou a segunda visita ao local desde que as obras começaram ; a primeira foi em fevereiro deste ano ; reafirmando que só volta a despachar de lá quando todos os detalhes estiverem prontos.
Para a restauração do palácio, foram reservados R$ 110 milhões. Além do gabinete da Presidência da República, o Palácio do Planalto abriga os gabinetes de Relações Institucionais, da Casa Civil, de Segurança Institucional, de Comunicação Social e da Secretaria-Geral da Presidência.