Em visita à fábrica da Embraer em São José dos Campos (SP), a candidata à Presidência da República pelo PV, Marina Silva, disse ontem que o Brasil precisa investir mais em educação. Segundo a senadora acreana, o país destina atualmente cerca de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) à área, mas seria possível chegar a 7% em quatro anos.
;No Brasil, investe-se R$ 1.114 por ano por aluno. Isso é pouco. Temos 30 anos de atraso em relação ao Chile. Para que tivéssemos uma educação de qualidade, precisaríamos estar investindo cerca de R$ 2.180;, afirmou a candidata, durante entrevista coletiva.
Marina ressaltou que esse processo não ;acontece da noite para o dia; e destacou que será necessário adotar uma política para ampliar progressivamente os recursos para a educação. ;E não é só uma questão de aumentar os recursos, mas aplicá-los melhor;, acrescentou.
A candidata verde também defende que a educação poderia ser melhorada investindo-se na qualificação do professor e aumentando-se os salários. Outra questão importante, segundo Marina, é atualizar a grade curricular para que as ;crianças possam ter acesso à informação, organizar essa informação e ter uma visão crítica sobre a sociedade;.
Prefeito
A candidata ainda defendeu a decisão do diretório da legenda em São Paulo de suspender a filiação do prefeito de Itapira (SP), Antonio Belini, que teria declarado apoio à candidata petista Dilma Rousseff. ;Acho que é o cumprimento daquilo que é a fidelidade partidária. Todos os partidos fazem isso que a lei eleitoral manda, que candidatos e líderes políticos que foram eleitos por aquele partido e por aquele programa sejam coerentes com seus partidos e seus programas;, disse Marina.
Na semana passada, a direção estadual do PV decidiu afastar e suspender a filiação de Belini porque o prefeito participou de um ato de apoio a Dilma em Campinas e declarou publicamente seu apoio à candidata petista.
CANDIDATURA DE AMÉRICO CAUSA RACHA NO PSL
; A candidatura à Presidência da República de Américo de Souza pelo nanico PSL deve virar uma briga judicial entre a legenda e o aspirante ao Palácio do Planalto. O partido anunciou nesta segunda-feira que vai tomar as medidas judiciais cabíveis contra o registro feito por Américo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aprovada em convenção, a candidatura acabou naufragando por conta da regra da verticalização do horário eleitoral, sugerida pelo TSE. Mesmo assim, o candidato decidiu pedir o registro à revelia da decisão tomada pela Executiva nacional da legenda.