Em nota, o partido afirmou que o pedido de registro é um direito conferido pela legislação eleitoral, mas que ;a decisão da executiva nacional do PSL está mantida e agora o partido aguardará a manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para, caso seja necessário, tomar as medidas cabíveis;.
[SAIBAMAIS]Para o secretário nacional do partido, Roberto Siqueira, não há como o TSE deferir a candidatura, pois no último dia 3 de julho o PSL registrou uma ata no tribunal com a decisão que informava à Justiça Eleitoral que a legenda não teria candidato próprio. ;Sempre falávamos em nossas reuniões que somente duas coisas impediriam uma campanha presidencial: problemas com a verticalização da campanha e falta de estrutura;.
Segundo Siqueira, apesar de a estrutura não ter sido definida até o começo de julho, o maior problema para impedir a candidatura de Américo foi a recente resposta do TSE a uma consulta sobre propaganda partidária. O tribunal decidiu que coligações nacionais não poderiam se repetir em nível estadual para fins de propaganda eleitoral, o que prejudicaria diretamente a participação de presidenciáveis nas campanhas regionais. Entretanto, o próprio tribunal recuou e decidiu deixar a questão para ser resolvida somente em agosto.
Um dos exemplos de problemas que resultariam da candidatura de Américo, caso o TSE mantenha a decisão, está na corrida eleitoral em São Paulo. O PSL apoia a candidatura de Paulo Skaf (PSB), que nacionalmente está coligado à chapa encabeçada pelo PT e PMDB. Com a decisão do TSE, Dilma Rousseff (PT) não poderia aparecer na campanha da coligação.
Siqueira também disse que a decisão de Américo ;não soou bem dentro do partido;. ;Ele mesmo havia mandado um email falando que não iria ter esse tipo de atitude. Agora vários presidentes estaduais estão me ligando chateados;, afirmou. No entanto, segundo o secretário nacional do PSL, nenhuma atitude será adotada internamente enquanto o TSE não se posicionar sobre o assunto.
O candidato
Américo exerceu vários mandatos como deputado federal (1963 a 1964 e 1966 a 1975) e a última atuação no Congresso Nacional foi como senador (1985 a 1986). Ele declarou ter um patrimônio de R$ 696 mil, constando a participação na empresa Turimar Imobiliária, avaliada em R$ 535 mil. Seu vice é Gilberto de Souza Leal Junior.