Jornal Correio Braziliense

Politica

Convenções do PMDB no fim de semana definem as coligações em 13 estados

Apenas em seis está garantida a reprodução da aliança com o PT

Maior partido do país, com 2 milhões de filiados, o PMDB sacramenta neste fim de semana os rumos eleitorais em 13 estados. Dos diretórios em convenção, a aliança nacional com o PT deve se reproduzir em seis. Outros cinco estão em palanques contrários aos petistas. Apenas Santa Catarina ainda não se definiu entre o acordo nacional e a aliança PSDB-DEM-PPS. Fechadas as situações nesses estados, sobram (1)Paraíba, Piauí, Tocantins e Minas, que definem seus rumos durante a semana que vem.

As convenções regionais peemedebistas têm cenário alinhado com a orientação nacional em Goiás, Alagoas, Amazonas, Ceará, Paraná e Rondônia. Nessas regiões, o partido terá candidato próprio apoiado pelo PT, ou apoiará um nome aliado à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência. Da lista, apenas o Paraná ainda não tem o candidato definido. Em princípio, a legenda lançará o governador Orlando Pessutti à reeleição, coligado com os petistas. Caso Osmar Dias (PDT) decida concorrer ao governo, a legenda retiraria a candidatura para apoiar o senador. Nesse quadro, ficaria com a vice, que pode cair no colo do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR). ;Ainda esperamos a decisão do Osmar, mas o partido tem um candidato pronto para dar palanque a Dilma, caso ele decida não entrar na disputa;, afirmou o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN).

Nos outros cinco diretórios acordados com o PT, as decisões são favas contadas. O partido vai apoiar os aliados Cid Gomes (PSB) no Ceará, Omar Aziz (PMN) no Amazonas e Ronaldo Lessa (PDT) em Alagoas. Lançará candidato próprio em Goiás (Íris Rezende) e Rondônia (Confúcio Moura). O maior nó das convenções regionais do partido é mesmo Santa Catarina. Em que pese a decisão de confronto contra os petistas no Acre, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul, no Pará e em Mato Grosso do Sul, é entre os catarinenses a maior chance de conflito interno.

Água
O partido local deixou acertado com o PT nacional que teria palanque próprio no estado, mas que não integraria uma chapa liderada por aliados do candidato à Presidência José Serra (PSDB). O compromisso fez água, no entanto, com o anúncio do diretório regional de retirar Eduardo Moreira Pinho do páreo para apoiar Raimundo Colombo (DEM). Encarada como traição, a decisão colocou o diretório catarinense em colisão iminente com a direção nacional.

Como resultado do conflito, os catarinenses devem comparecer rachados à convenção do partido, marcada para hoje. ;Conversamos com a bancada catarinense, falamos com o ex-governador Paulo Affonso e não há hipótese de fechar uma aliança com o DEM. A direção nacional vai intervir em Santa Catarina se os militantes insistirem nessa coligação. É uma decisão da executiva;, garantiu Henrique Eduardo Alves.


1 - No laço
No último dia reservado para convenções, na quarta, o PMDB fechará as chapas em Minas, Paraíba, Piauí e Tocantins. O diretório mineiro fará convenção conjunta com os petistas, para confirmar a chapa Hélio Costa (PMDB) e Patrus Ananias (PT) para vice. Tido como com ponto-chave da aliança nacional, o encontro terá a presença de Dilma. Nos outros três estados, a legenda terá candidato próprio.