Na véspera de decidir se veta ou não o reajuste aprovado pelo Congresso de 7,7% para aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo por mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não fará nenhuma "extravagância" motivado pelo período eleitoral, mas o que for melhor para o país.
;Estamos vivendo um momento tão bom que vou fazer aquilo que for melhor para o Brasil. Não pensem que me deixarei seduzir por qualquer extravagância que alguém queira fazer por conta do processo eleitoral. Minha cabeça não funciona assim, a eleição é uma coisa passageira e o Brasil não jogará fora no século 21 as oportunidades que ele jogou fora no século 20;, disse a jornalistas após uma solenidade em Queluzito (MG).
A proposta do governo, expressa em uma medida provisória (MP), era conceder aumento de 6,14%. A área econômica do governo recomendou ao presidente que vete o reajuste aprovado no Congresso. Ontem (13), o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que se a área econômica convencer o presidente a vetar o aumento aprovado pelo Congresso, os 6,14% previstos na MP original serão mantidos. O fim do fator previdenciário, outra mudança feita na MP pelo Congresso, também deve ser vetado pelo presidente Lula.