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Marina elogia Lula e diz que quer ser a primeira mulher negra a presidir o Brasil

Em seu primeiro discurso como candidata à Presidência da República, Marina Silva, que teve candidatura oficializada nesta quinta (10/6) em convenção do Partido Verde (PV), agradeceu e lembrou sua história de vida como uma mulher de origem pobre, negra e analfabeta até os 16 anos. "Que o Brasil possa ter a primeira mulher negra de origem pobre na Presidência da República Federativa do Brasil", disse Marina no encerramento da convenção.

Ela agradeceu a participação de todos os presentes, em especial do pai, Pedro Augusto da Silva, 82 anos, por ter sido o principal responsável por este momento. "Ele é responsável pela origem de tudo isso que está acontecendo hoje. Ele deve se lembrar de quando eu tinha 16 anos, ainda analfabeta, e pedi: Pai, eu queria que vc deixasse eu ir para a faculdade, e ele me respondeu: Você quer ir agora ou semana que vem quando a gente vender a borracha para você levar o dinheiro? Se você não tivesse essa cabeça e orientação eu não estaria aqui", agradeceu emocionada.

A candidata do PV elogiou os dois últimos governos e as conquistas de FHC e Lula nos últimos 16 anos, destacando os pontos que precisam ter mais destaque no próximo governo como o meio ambiente e a educação. "Nós estamos aqui e temos que reconhecer que o Brasil dos últimos anos foi capaz de muitas conquistas, a começar pela democracia e dos 16 anos em que esse país tem lutado por estabilidade economica até conseguir chegar a uma situação de controle de inflação. E nós estamos aqui de pé, crescendo cerca de 9% ao ano graças às conquistas dos governos passados que não podemos esquecer."

Marina destacou a redução da pobreza, citando as 25 milhões de pessoas que saíram da linha da pobreza e dando o crédito ao PT. "Eu não preciso, porque agora sou de outro partido, negar o feito do operário Luiz nácio Lula da Silva, que quebrou esse paradigma e mostrou que foi distribuindo o bolo que crescemos", disse.