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Politica

Candidatos do PHS, PSL e PTC desistiram de concorrer ao Planalto

A ação do TSE a favor de uma ;verticalização; no horário eleitoral gratuito deixou como saldo a renúncia de três candidatos nanicos na disputa pelo Palácio do Planalto e a impossibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar do palanque eletrônico do candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Aloizio Mercadante. A decisão está suspensa pelo TSE e será reavaliada até o mês que vem.

Antes tida como a eleição com número recorde de postulantes à Presidência da República, a corrida terá agora nove candidatos, Oscar Silva (PHS), Américo de Souza (PSL) e Ciro Moura (PTC) abandonaram a disputa depois do entendimento do TSE. Os três não quiseram sequer esperar para ver qual será o novo entendimento do TSE, depois que o presidente da Corte, Ricardo Lewandowski suspendeu a decisão até agosto. Mário de Oliveira (PTdoB) havia desistido antes do posicionamento da Justiça Eleitoral.

A candidatura de Dilma Rousseff (PT) ao Palácio do Planalto acabou ganhando no último fim de semana o apoio formal do PTC, considerado um partido que vive na órbita do PMDB. Os partidos que apoiam Dilma, além dos dois, são PDT, PSB, PR, PCdoB, PRB, PTN e PSC. O PHS rejeitou a neutralidade e vai definir para qual concorrente ao Planalto trabalhará sem estar na coligação.

O presidente do PHS, Paulo Matos, disse que a legenda não esperou pela definição da Justiça por entender que seria um ato irresponsável. ;Os grandes partidos não iriam esperar e baixaram a resolução que inviabilizava as nossas coligações em 90% do país. Seria total irresponsabilidade do partido se pagasse para ver;, disse o dirigente.

A campanha de José Serra, excluindo o apoio do PTdoB, não conseguiu arrebanhar nenhum nanico para sua coligação formada também por PMN, PPS, DEM, PSDB e PTB.

Em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, a campanha de Aloizio Mercadante (PT) preferiu apostar num recuo do tribunal. Na coligação dele constam PRTB e PSDC, que são partidos com candidatos ao Planalto. Levy Fidelix e José Maria Eymael, respectivamente. Se o TSE mantiver o entendimento original, Mercadante não poderá contar com as imagens de Lula nem de Dilma e vê afundar uma parte importante de sua estratégia de tentar alavancar sua empreitada com a popularidade de seus correligionários.

Propaganda

A Justiça Eleitoral impediu que candidatos a presidente ou militantes apareçam nas propagandas de TV e rádio de seus aliados nos estados caso haja, na coligação, outro partido que também tenha concorrente ao Palácio do Planalto. As legendas pretendem utilizar esse período em que a decisão está suspensa para intensificar a pressão em cima do TSE e forçar o recuo.

Dois ministros ouvidos pelo Correio na semana passada disseram que a decisão era adequada por coibir o uso das legendas nanicas apenas para aumentar o tempo de televisão dos candidatos de partidos grandes aos governos estaduais.