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Dilma rebate críticas de Serra sobre governo boliviano

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, rebateu nesta quinta-feira (27/5) as críticas ao governo boliviano, feitas pelo adversário tucano, José Serra. Durante entrevista a uma rádio, o pré-candidato do PSDB acusou a gestão de Evo Morales de ser cúmplice com o narcotráfico na fronteira com o Brasil. Primeira presidenciável a falar para o Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado (RS), Dilma disse que a declaração de Serra mexia com a soberania do povo boliviano e demonizava o governo de um país amigo.

A presidenciável petista também aproveitou para reforçar a importância do Mercosul - também criticado por Serra recentemente. "Provamos que podemos ser protagonistas no contexto mundial, sem nos esquecermos de olhar para os nossos vizinhos. Não podemos encará-los com soberba. Esse comportamento imperialista é o que à guerra, aos conflitos e ao desprezo", criticou Dilma.

Durante o Congresso, Dilma defendeu o aporte de mais recursos para a área de saúde, mas voltou atrás na proposta de recriar a CPMF (Contribuição Provisória por Movimentação Financeira). Agora, a pré-candidata entende que o crescimento estimado do PIB brasileiro de 6% em 2010 poderia ser suficiente para aprovar a regulamentação da Emenda Constitucional 29 e injetar recursos na área. O dispositivo estabelece limites mínimos de repasse da União, estados e municípios para a área de saúde. A matéria está emperrada há dois anos na pauta da Câmara dos Deputados e é uma das principais reivindicações do congresso de secretarias municipais de saúde.

A petista também prometeu eliminar os impostos embutidos em medicamentos e vai estudar a aplicação de um serviço civil de saúde no país. O programa estabeleceria um prazo para que formandos na área de saúde em universidades públicas prestassem serviço comunitário no SUS (Sistema Único de Saúde). A ex-ministra da Casa Civil ainda aproveitou a fala durante o congresso para criticar o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). "Com o governo Lula, saímos da Era da desigualdade, desemprego e estagnação", ressaltou.