Começa, de novo, já foi escrito aqui, a cair a ficha dos tucanos. Não adianta insistir para que o ex-governador Aécio Neves (PSDB) seja o candidato a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB). Ainda mais se for para entrar como o ;salvador da pátria;, só para criar um fato novo, no momento em que Dilma Rousseff (PT), a candidata de Lula, empata nas pesquisas. Foram sintomáticas as declarações de Serra, em entrevista depois de participar do debate da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que teve também a participação da pré-candidata do PV, senadora Marina Silva (AC). Serra mudou o discurso e disse que não há pressão para que Aécio aceite ser vice. Só se foi devidamente informado da disposição do mineiro. Há uma verdadeira panela de pressão tentando cozinhar a candidatura de Aécio ao Senado em fogo alto.
Os tucanos erram na estratégia ao insistir em ter Aécio como vice. Em Minas Gerais, com o segundo colégio eleitoral do país, ele pode ser fundamental para uma vitória de Serra. Mais difícil é o presidenciável tucano conseguir arrancar de Lula os votos do Nordeste. Não seria mais lógico, então, ter um candidato a vice que fosse da região? Serviria, pelo menos, para dar mais empatia à chapa, para ser simpático com os nordestinos.
Enquanto perdem tempo com a discussão sobre a vice, os tucanos preparam grande ofensiva com os programas do PSDB e dos aliados DEM e PPS. Querem repetir o êxito de Dilma, que tirou votos de Serra e cresceu depois que foi ao ar o programa do PT em cadeia de rádio e televisão. Os tucanos optaram por deixar o programa para junho. Boa ideia? Bem, na mesma época, começa a Copa do Mundo...