Brasília - O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), rebateu as críticas à alteração ao texto do projeto Ficha Limpa, aprovado esta semana pela Casa. Segundo ele, os comentários de que a emenda de redação teria diminuído a abrangência do projeto vieram de deputados que ;no fundo não queriam a aprovação do projeto em tempo recorde e por unanimidade;.
No trecho sobre a concessão do registro, a expressão ;os que tenham sido condenados; foi substituída por ;os que forem condenados;. Para alguns parlamentares, a alteração vai permitir que diversos políticos ; que se encaixariam até então na lei ; se candidatem nas próximas eleições.
;Lamento que alguns deputados, com o intuito de promoção pessoal, tenham tentado diminuir o que aqui foi votado. Dentre esses estavam os que, no fundo, não queriam a aprovação em tempo recorde e por unanimidade, como ela se processou no Senado. A verdade é que se há alguma falha na redação final, a Justiça vai dirimir todas as dúvidas;, disse.
Relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça, Demóstenes Torres (DEM-GO), explicou que a matéria não exclui políticos com condenações por órgãos colegiados. Segundo ele, o Artigo 3; do projeto trata dos casos em que o político condenado pela Justiça responde a processos em fase de recurso antes da sanção da nova lei.