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Secretário nacional de Justiça apresenta defesa à Comissão de Ética Pública

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, encaminhou hoje (18) à Comissão de Ética Pública da Presidência da República sua defesa sobre o suposto envolvimento com a máfia chinesa de São Paulo. O caso será relato pelo ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça Humberto Gomes e Barros.

Tuma Júnior, que na semana passada pediu férias de 30 dias para poder se defender das acusações, foi flagrado, durante interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal (PF), em diálogos com o comerciante chinês Li kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, que é apontado como um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo.

Antes do pedido de férias, Tuma Júnior disse que a PF ;requentou; as acusações e pediu ao ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que abrisse uma investigação para apurar as circunstâncias dos procedimentos contra ele na investigação

Paulo Li e mais 15 pessoas foram presos em setembro de 2009, após a PF deflagrar as operações Wei Jin (trazer mercadoria proibida, em chinês) e Linha Cruzada. Juntas, as duas operações tinham o objetivo de combater o contrabando de mercadorias e o vazamento de informações sigilosas, desarticulando uma quadrilha especializada no contrabando de celulares falsificados chineses.

De acordo com a PF, além de Paulo Li, a organização era integrada por despachantes aduaneiros, lojistas, gráficos, um ex-oficial do Exército Brasileiro e até mesmo um ex-membro do Serviço Secreto do Chile. À época, a PF acusou ;um conhecido mestre de kung fu; de ser um importante membro do grupo, responsável por movimentar mais de R$ 1 milhão mensais revendendo os aparelhos que recebia da China.