O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (12) o projeto Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de políticos que tenham sido condenados em segunda instância. Para Lula, contudo, a proibição só deve valer após não caber mais possibilidade de recursos contra a sentença judicial.
;O que eu não posso concordar é que alguém seja proibido de ser candidato porque houve uma denúncia insinuosa contra ele. Temos que ser bastante responsáveis;, disse Lula ao conceder entrevista ao jornal SBT Brasil.
Lula também voltou a minimizar as denúncias veiculadas pela imprensa contra o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que, ontem (11), pediu férias do cargo para preparar a defesa que irá apresentar à Comissão de Ética Pública, que irá julgar sua ligação com o chinês Paulo Li, preso em 2009 por contrabando.
;Temos que ter clareza que o Tuma tem serviços extraordinários prestados à polícia de São Paulo e à polícia brasileira. Há indícios de conversas dele com pessoas suspeitas, mas não há nenhuma prova concreta de que ele tenha cometido qualquer crime;, disse o presidente, para quem o secretário tomou a decisão certa ao se afastar do cargo para permitir a apuração das denúncias.