Acabou sem definição, por volta de 0h30 desta terça-feira (11/5), após três horas e meia, a reunião entre o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. O secretário está ameaçado de perder o cargo devido ao envolvimento de seu nome em denúncias relativas ao empresário Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, acusado de chefiar a máfia chinesa em São Paulo.
O secretário foi flagrado pela Polícia Federal em escutas telefônicas com Li. Uma das acusações diz respeito ao processo de naturalização de chineses, assunto tratado com Paulo Li. Os diálogos foram gravados pela PF, que grampeou o empresário chinês em uma investigação na qual ele é suspeito de contrabando.
Porém, nos casos de estrangeiros citados na conversa entre os dois, não há evidências de que Tuma Júnior tenha feito alguma interferência na análise dos processos relacionados a Li. Assessor de Tuma Júnior quando ele era deputado estadual, o chinês está preso desde setembro do ano passado.
A expectativa é de que Tuma Júnior peça licença do cargo nesta terça-feira, até que sejam apuradas as denúncias. O caso chegou à Comissão de Ética do governo ; que abriu processo contra o secretário na segunda-feira.