Jornal Correio Braziliense

Politica

PSB com Dilma

Uma semana depois de decidir retirar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, o comando nacional do PSB se reuniu com a cúpula do PT e a candidata Dilma Rousseff para anunciar seu apoio e apresentar uma lista de pedidos. Além de assento na coordenação da campanha, o PSB deseja voz ativa na elaboração do programa de governo e, ainda, tratamento igualitário a todos os candidatos a governador nos estados onde houver mais de um palanque de apoio à candidatura petista.

;Onde tiver um candidato vestindo a camisa dela, esse candidato deve ser considerado. É preciso que a campanha seja de todos e não apenas de alguns partidos;, cobrou o presidente do PSB, Eduardo Campos. Ele afirmou ainda que o PT precisa ter clareza de que ;a candidatura não é do PT, é de uma frente;. E foi incisivo: ;Lula só conseguiu ser presidente porque detinha o apoio de uma frente. O PT por si só não é suficiente para ganhar;.

Uma das preocupações dos socialistas é com a voracidade do PMDB no que se refere à influência num futuro governo. Por isso, desde já, ele avisou: ;É preciso construir um programa que não fique só entre PT e PMDB. É preciso ampliar porque a estrutura (de campanha) vai além dos dois partidos;. O PSB, cujo 21 deputados votaram pelo fim do fator previdênciário, fechará algumas sugestões para esse programa num encontro em 21 de maio, para já deixar claro o apoio à petista.

Ao sair do almoço com a cúpula do PSB, Dilma apenas agradeceu o apoio e elogiou Ciro Gomes, que não estava presente. ;Respeito, admiro e tenho a maior consideração pelo deputado Ciro Gomes. Sempre estivemos do mesmo lado;, disse Dilma, que foi evasiva quando perguntada se iria procurá-lo. ;Farei sempre questão de procurar Ciro;, disse.

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