O pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, evitou comemorar o Dia do Trabalho em eventos ligados a centrais sindicais, como fez a sua principal adversária, a petista Dilma Rousseff (PT). O tucano preferiu uma aparição discreta num congresso de missionários evangélicos em Balneário Camboriú (SC), onde chegou por volta das 20h.
A organização da campanha de Serra chegou a cogitar a participação em algum evento ligado a trabalhadores em São Paulo, mas desistiu, para não parecer como uma tentativa de fazer frente às comemorações da Força Sindical e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que tiveram como estrelas Dilma e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Força informou que convidou o presidenciável tucano, mas ele declinou do convite. No evento, o presidente da central e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, disse que José Serra não gosta de trabalhadores e não merece ser presidente da República.
Em Santa Catarina, por sua vez, Serra era esperado com festa, principalmente, porque, segundo os organizadores do 28; Congresso Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, é a primeira vez que eles recebem a visita de um postulante ao Palácio do Planalto. Promovido pela Assembleia de Deus, o evento deve receber 500 caravanas e 160 mil fieis. O convite ao evento foi feito pelo pastor Everaldo Pereira, presidente do PSC, partido da base de Lula. Em 2002, Serra teve apoio do PSC e da Assembleia de Deus. A pré-candidata do PT ao governo de Santa Catarina, Ideli Salvatti, também participou do encontro, mas subiu ao palco uma hora antes do discurso previsto de Serra.