Depois de governar o Brasil por cinco anos - de 15 de março de 1985 a 15 de março de 1990 - e participar da transição democrática após 20 anos de ditadura militar, o senador José Sarney (PMDB-AP) retornará à Presidência da República pela segunda vez no próximo domingo (11) com a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos Estados Unidos.
Na qualidade de presidente do Senado, o parlamentar é o terceiro na linha sucessória. O vice-presidente, José Alencar, primeiro na linha sucessória tem compromissos agendados em Montevidéu, capital do Uruguai, no mesmo período da viagem de Lula. Já o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), segundo na linha sucessória, não pode assumir o cargo pois ficaria automaticamente impedido de se candidatar para as eleições de outubro, como prevê a lei eleitoral. Por isso, ele também vai se ausentar do país. Decide até amanhã o destino.
Sarney minimizou o fato de retornar ao cargo 20 anos após ter passado a faixa presidencial ao hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), primeiro presidente eleito pela via direta após o golpe de 1964. "Será um ato meramente protocolar, sem consequências administrativas", afirmou Sarney.