Em um almoço em casa, Dilma recebeu o presidente licenciado do partido e ministro do Trabalho, Carlos Lupi, além do senador Osmar Dias, que será candidato ao governo do Paraná, o presidente da legenda, deputado Vieira da Cunha (RS), e o líder da bancada na Câmara, Dagoberto Nogueira.
Dilma lembrou sua trajetória política como integrante do PDT e disse ser muito importante a conversa entre os dois partidos. ;Para mim, essa conversa tem muito significado pela importância que o PDT teve na minha vida. Fez parte de minha trajetória política e eu fico sempre muito à vontade de estar aqui hoje nessa conversa entre o PDT e o PT;, disse a ministra.
Lupi ressaltou que a decisão de apoiar Dilma não tem relação com o fato de o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), ter desistido da corrida ao Planalto. De acordo com ele, essa decisão já está sendo conversada internamente há um ano.
;Há um ano, nós já tínhamos esse encaminhamento de apoiar a ministra Dilma, defendendo inclusive a candidatura única da base. Nós temos que saber quem é contra e quem é a favor da continuidade do governo Lula. Nós somos parte integrante desse governo;, disse Lupi.
A ideia de continuidade do governo Lula deverá dar o tom da campanha petista. ;Continuidade, para nós, é avançar;, disse a ministra Dilma.
O apoio a um candidato para o Planalto ainda terá que receber o aval de todo partido. O tema terá que passar pela convenção da legenda. ;A executiva do partido fez um indicativo e a convenção deve homologar a decisão ou não. Mas esse indicativo é quase uma formalização da nossa decisão;, disse Lupi.
Esse é o segundo encontro entre a cúpula do PDT e do PT e a ministra para tratar das eleições de 2010. Há um ano o PDT recebeu o convite da ministra para a aliança formal.
Com a formalização da aliança, o PDT terá de equacionar situações divergentes no Paraná, onde Osmar Dias pretende disputar o governo com apoio dos tucanos e, no Maranhão, onde o ex-governador Jackson Lago (PDT) deve concorrer com a atual governadora Roseana Sarney (PMDB), também aliada do governo.
"É claro que temos uma base de apoio muito grande e é claro que em alguns palanques não será única. Isso é natural, é legítimo, já aconteceu em outros anos;, minimizou Lupi.
No Maranhão, de acordo com a cúpula do PT, já há uma indicação de que a ministra Dilma estará nos dois palanques: de Roseana Sarney e de Jackson Lago. Na quinta-feira, o PDT se reunirá para detalhar os demais estados, inclusive o Paraná, onde Osmar Dias já garantiu a presença de Dilma em seu palanque.
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