Embora o próprio site do partido já divulgue na agenda o próximo dia 6 de fevereiro como a data da convenção do PMDB, a Executiva Nacional da legenda se reúne nesta quarta-feira (27/1) para definir o dia do encontro que elegerá o novo Diretório Nacional.
A antecipação da data, marcada inicialmente para 6 de março, tem sido defendida por lideranças próximas ao presidente da Câmara, Michel Temer (SP), também presidente licenciado do partido. A intenção é reconduzir Temer à presidência do PMDB e ainda firmar seu nome como vice na chapa a ser formada com o PT para as eleições presidenciais de outubro.
No entanto, há no partido quem defenda a convenção para março. O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, chegou a ameaçar recorrer à Justiça contra a antecipação. A decisão oficial sairá da reunião da Executiva marcada para hoje, às 15h.
Luiz Henrique faz parte da ala contrária à aliança com o PT em torno na candidatura da ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desse grupo também faz parte o presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, que defende a aliança do partido com os tucanos para eleger o governador de São Paulo, José Serra. Há ainda quem defenda uma candidatura encabeçada pelo PMDB.
Quércia afirma contabilizar apoio dos dirigentes do PMDB de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Acre para a manutenção da convenção em março.
Além de resistências internas do PMDB, a aliança com o PT terá que enfrentar outros embates como a da própria relação com os membros petistas. No final do ano passado, o presidente Lula chegou a sugerir uma lista tríplice com nomes de peemedebistas para vice na chapa presidencial. A declaração foi recebida com constrangimento por Temer que já havia se colocado como opção para vice. Nesta semana, lideranças do PT voltaram a apresentar resistências ao nome de temer e a defender a lista tríplice.