Após assinar um novo decreto que pôs fim aos desentendimentos entre setores militares e a pasta dos Direitos Humanos em torno da terceira versão do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou a existência de atrito entre setores do governo por conta do programa de direitos humanos.
Para Lula, nunca houve problema e a discussão entre ministros sobre assuntos polêmicos é natural de um regime democrático. ;O problema não deixou de existir nem era tão grave como algumas pessoas imaginaram, que a República iria cair. Algumas pessoas imaginaram que a República iria cair por conta da divergência. O programa foi aprovado pela sociedade civil e, portanto, fiz um novo decreto criando o grupo de trabalho que vai transformar tudo aquilo em um projeto que será encaminhado ao Congresso;, afirmou Lula.
Mesmo alterando a proposta a pedido dos militares, o presidente defendeu a proposta inicial dizendo que ela foi debatida em 63 conferências estaduais e por todos os segmentos da sociedade. ;Graças a Deus esse país é presidencialista que permite que o presidente possa resolver o problema;.
Lula negou que tenha havido pedido de demissão por parte dos militares e criticou a imprensa, ;que muitas vezes por falta de notícias;, cria crise no governo. ;Primeiro, não houve renúncia de militar para mim. Estava de férias carregando isopor quando ouvi isso. Como presidente não posso trabalhar sobre ilações e muito menos insinuações. Eu trabalho com fatos concretos e a única coisa que chegou na minha mesa era a divergência entre dois ministros e foi isso que foi resolvido;, reforçou o presidente.