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Politica

Presidente quer acelerar programas federais até julho para Dilma ter o que mostrar na campanha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressa. Sabe que terá de acelerar o andamento dos programas prioritários do governo até o fim do primeiro semestre deste ano, antes mesmo da campanha oficial. Depois de iniciada, a corrida eleitoral tomará o centro das atenções políticas do país. Como fará das principais ações da gestão o palanque da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, candidata à sucessão, precisa ter muito o que mostrar. Por conta disso, já começou o ano em marcha acelerada. Ontem, no primeiro dia de trabalho oficial do ano, reuniu-se com a equipe de coordenação política, e deu recorte à agenda de 2010. E já hoje colocará em prática a maratona de investimentos. Anunciará, às 17h, o destino de R$ 3 bilhões em programas habitacionais.

O destino de R$ 1 bilhão desses R$ 3 bilhões são municípios com menos de 50 mil habitantes, que entrarão na agenda de empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida, o maior programa habitacional do governo. O atendimento às cidades com menor população foi incluído pelo Congresso durante a tramitação do projeto que oficializou a criação do programa.

No total, 2.042 propostas foram selecionadas em diversos municípios do país para a construção de moradias para pessoas com renda familiar de até R$ 1.395. Não por acaso, a região que terá o maior volume de recursos disponíveis é a Nordeste. Mais da metade do bolo ; 540,3 milhões ; será distribuída nos municípios de lá. A região Centro-Oeste ficou com a menor parte: R$ 60,5 milhões.

Verbas públicas
O Minha Casa, Minha Vida ; apelidado ironicamente pela oposição de Minha Casa, Minha Dilma ; será um dos carros-chefes da campanha da ministra petista. Ela participou do lançamento do programa em março de 2009, e agora estará novamente ao lado do presidente para anunciar a verba para os pequenos municípios do país.

Desde que começou, o programa tem sido alvo de críticas da oposição, que diz que ele ; assim como o Plano de Aceleração do Crescimento ; não decolou. (1) O último balanço da Caixa Econômica Federal, principal financiadora do projeto, mostra que, de março até 24 de dezembro de 2009, 247.950 unidades habitacionais foram contratadas, a um valor global de R$ 13,8 bilhões.

1 - Otimismo
É fato que o programa não atingiu as pretensões mais otimistas. Havia uma expectativa de que o Minha Casa, Minha Vida fechasse o ano de 2009 com o financiamento de 400 mil habitações contratadas. Mas o presidente da Câmara Brasileira de Indústria da Construção, Paulo Safady, diz que, diante do cenário, a execução alcançada foi um sucesso. ;Ele foi lançado em março e depois vieram três meses de greve da Caixa. Além disso, o processo inicial foi mesmo mais complicado. Houve a necessidade de negociar com governo e prefeituras terrenos para as construções, além de aguardar por licenças ambientais, por exemplo;, afirmou.