Na volta do recesso parlamentar, o Senado vai abrir uma concorrência pública para a construção de uma praça de alimentação na Casa para atender senadores, funcionários e as milhares de pessoas que por lá circulam todos os dias. Segundo o edital, o projeto prevê a construção num dos estacionamentos de áreas destinadas à instalação de restaurantes e lanchonetes ao custo estimado de R$ 1,9 milhão. O espaço para a nova praça é generoso: entre 800 e 1 mil m;. A licitação, cujo aviso de concorrência foi publicada anteontem no Diário Oficial da União, está prevista para ocorrer em 9 de fevereiro.
Senadores e servidores queixam-se há tempos de poucas opções de lugares para se alimentarem durante os dias de trabalho. Lá há um grande restaurante, usado por boa parte dos parlamentares, e uma pequena lanchonete que fica próxima a um barbearia, além de outros espaços de venda de comidas na Câmara, mais bem servida em termos alimentícios. Não é à toa que serviços de entrega de refeições e até vendedores ambulantes são presença corriqueira nos gabinetes e corredores da Casa.
O Senado pretende inaugurar a praça ainda no primeiro semestre. Para tanto, exige que a empresa contratada realize toda a empreitada no prazo de 120 dias. No edital, cobra-se a realização dos "serviços em regime contínuo com três turnos, sete dias por semana, inclusive feriados, de forma a não prejudicar a atividade rotineira de trabalho das demais áreas do edifício". Na justificativa, a Casa aponta que a praça de alimentação, solicitada pela "Alta Direção", visa proporcionar aos funcionários "serviços de alimentação que atendam todas as determinações da vigilância sanitária".
Características
Com 96 páginas, a proposta de construção tem materiais de primeira linha. Só com projetos, arquitetos e materiais para se realizar a fundações, o Senado estima gastar R$ 120 mil. As vigas e outras peças que vão compor a estrutura metálica da praça devem consumir outros R$ 340 mil. Com a pavimentação do lugar, onde atualmente é um estacionamento, R$ 209 mil. O piso do térreo e do mezanino da construção, que tem de ser de porcelanato ou cerâmica de boa qualidade, estão orçados em R$ 130 mil - o metro quadrado está avaliado em R$ 130,21. Espera-se gastar com o teto cerca de R$ 109 mil, a maior parte desses recursos com revestimento de espuma antibarulho. Em portas, a Casa deve gastar mais R$ 42 mil. Há a previsão de ter bancadas e prateleiras e em granito para cozinhas, banheiros e outras áreas, além de armários, toda essa parte ao custo de R$ 31 mil.
Toda a construção deve sair por R$ 1,4 milhão. Conforme ato da Primeira Secretaria do Senado de 2006, a empreiteira vai levar R$ 443 mil, a título de lucro pelo risco da obra. Desse valor, serão descontados gastos com impostos, seguros e outros imprevistos.