O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) disse nesta segunda-feira (16), em Plenário, que a Frente Popular, coligação integrada pelo PT e outros partidos, no município de Feijó, no Acre, que realizará novas eleições para prefeito e vice-prefeito no domingo (22) estaria recorrendo a ameaças para obter votos. O senador informou que dois prefeitos ligados ao PT em Feijó foram cassados pela Justiça Eleitoral por corrupção eleitoral.
Mesquita Júnior disse que não ter provas concretas, mas apenas indícios de que pessoas estariam sendo intimidadas, até com ameaça de demissão de cargos vinculados à prefeitura, caso votem no candidato da oposição, o ex-vereador pelo PSDB, Dindim, coligado ao PMDB, e no candidato a vice-prefeito pelo PMDB, Pelé.
Na avaliação de Mesquita Júnior, essa situação revela um "certo modus operandi" do PT no estado, onde outro prefeito do partido, anterior aos dois cassados recentemente pela Justiça Eleitoral, também foi afastado.
O representante do Acre disse também que o governador do estado, Binho Marques, teria se deslocado até o município de Feijó para intimidar a população com a ameaça de que poderia haver corte no programa Bolsa-Família.
- Peço à população de Feijó que não se deixe intimidar. É preciso resistir, mostrar a essas pessoas que a pratica democrática deve sobrepor-se a qualquer outra - disse, num apelo à população para que vote com tranquilidade.
Mesquita Júnior parabenizou a Justiça Eleitoral do Acre pelas duas decisões anteriores, que considerou corajosas, diante das supostas pressões havidas. Classificou a prática petista como "afronta à democracia" e os atos de intimidação de "truculentos e covardes" e sugeriu que a Frente Popular busque o voto de modo legítimo por meio de ações "sérias e decentes".