Foi adiado o chat com Torquato Jardim, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para as 15h desta segunda-feira (16/11). Ainda não há previsão para a data do bate-papo com o ex-ministro, que conversará com os internautas do Correiobraziliense.com.br sobre o financiamento e as prestações de contas das campanhas eleitorais no Brasil.
Jardim é fundador e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade), e também é colaborador da Organização Não-Governamental (ONG) sueca International Idea - conhecida pela assistência na organização de sistemas eleitorais e realização de eleições em vários países.
DNA
Adiantando alguns aspectos que serão abordados no chat, Torquato Jardim disse à reportagem que, dentre os sistemas eleitorais lícitos, não existe um melhor ou pior do que o outro. "Sistema eleitoral é DNA. Cada um tem o seu, cada país teve a sua construção sociológica", afirmou.
De acordo com ele, por ter financiamento misto - público e privado - o modelo brasileiro tem enfrentando problemas de abuso do poder econômico nas campanhas. O abuso do poder político - manipulação de verbas, empregos e licitações - também é uma mazela enfrentada pelo país. Mais recentemente, os brasileiros passaram também a ser vítimas da interferência de facções criminosas no processo eleitoral, em especial no Rio de Janeiro.
Depende dos eleitores
Segundo Jardim, apesar do trabalho feito pela ONG à qual é ligado no sentido de ajudar países a se organizarem para fazer eleições de forma correta e lícita, o comportamento do eleitor é que vai definir a cultura e o corpo político de um país.
"Tivemos aí o mensalão. De todos os deputados envolvidos, só um não foi reeleito, o professor Luizinho, do estado de São Paulo. Há países em que um episódio semelhante destruiria a carreira de um homem públicos. É preciso ver até que ponto a população tem acesso à informação e é sensibilizada por ela", pondera.
Com informações de Mariana Branco