As discussões sobre o novo marco regulatório do pré-sal ficaram para esta quarta-feira (10/11). Conforme prometido mais cedo, o partido Democratas obstruiu a pauta de votações da Câmara.
De acordo com o vice-líder do partido, deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), a estratégia é preparar a oposição para um levante contra os projetos no Senado. ;Eu tenho consciência de que aqui nós não vamos ganhar. Mas nós estamos esquentando a discussão, que até agora estava fria, para quando chegar no Senado a coisa ser diferente;.
Segundo ele, a expectativa é que ocorra uma derrota do governo semelhante à da CPMF. ;Naquela época, ninguém dava importância, achava que já estava ganho. Aí nós começamos aqui e o Senado derrotou;, completou Bornhausen.
[SAIBAMAIS]O líder do governo, Henrique Fontana (PT-RS), disse que não haverá negociação com a oposição, porque as propostas são incompatíveis. ;A oposição é contra a capitalização da Petrobras, assim, também é contra a estatal como operadora única do pré-sal, é a favor de que o regime seja aberto para qualquer empresa privada vir e operar. Com isso não há o que negociar, porque vai contra o que nós acreditamos ser o melhor;, afirmou o líder.
Nesta quarta pela manhã, a comissão que analisa o projeto da partilha deve finalmente votar o texto do relator, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O clima do debate será definido pelos resultados da reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os governadores dos estados produtores de petróleo, que acontece agora à noite no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A divisão dos royalties é o pronto mais polêmico do marco regulatório.