O senador Jarbas Vasconcelos foi nessa quarta-efira (28/10) à tribuna do Senado criticar o pré-acordo eleitoral firmado entre as cúpulas do PMDB e do PT para apoiar a candidatura presidencial da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT). "Faço parte de uma minoria (dentro do PMDB). Mas é completamente insana essa iniciativa da cúpula peemedebista de fechar uma aliança em apoio a Dilma, sem ouvir as diversas instâncias partidárias".
Segundo ele, hoje há três grupos dentro do PMDB: "Os que defendem a aliança com o PSDB, os que querem se unir ao PT e os que defendem a candidatura própria. Ou essas diferenças são respeitadas ou teremos um desnecessário confronto político dentro do PMDB", alertou. Em mais um capítulo da troca de farpas com o presidente Lula, Jarbas disse que, "para tentar adequar o [SAIBAMAIS]mundo real ao que criou na ficção, Lula achou pouco o vexame ao qual submeteu o PT na crise do Senado e agora quer transformar o PMDB num mero satélite da sua obsessão em eleger a ministra Dilma". Ao retornar à Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal (CCJ), Jarbas foi escolhido como vice-presidente da Subcomissão de Segurança Pública, ligada à CCJ.
Negociação - Em reunião na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), ontem, a cúpula do PMDB escalou "caciques" para negociar com o PT as divergências regionais em prol da aliança. O PMDB mapeou os estados em que as duas legendas não se entendem, mas onde há espaço para dois palanques regionais a favor da candidatura governista, como Rio, Bahia, Minas e Pará. A estratégia é garantir que o PT não crie problemas para o candidato do PMDB receber a visita da candidata à presidência nesses estados. Outra prioridade é estagnar as dissidências que não concordam com o apoio a Dilma, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Acre.