O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defendeu que o PMDB indique o candidato à vice em uma suposta chapa à sucessão presidencial encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Esquivando-se em mencionar nomes, Garcia elogiou o PMDB. Ele falou sobre o assunto na véspera do jantar dos peemedebistas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva selando um pré-acordo para as eleições de 2010, em entrevista.
[SAIBAMAIS]"O melhor vice vai decorrer do nível de entendimentos políticos que se faça com os outros partidos. Não quero fulanizar. [Mas o melhor noivo] é o PMDB, eu acho porque é uma boa possibilidade", afirmou Garcia.
Afirmando ser um defensor da parceria com o PMDB, Garcia elogiou o partido e sua história. "O PMDB pode desagradar uns e determinados setores, mas tem uma determinada tradição e quadros de enorme valor e de uma presença muito forte na vida política brasileira. Eu defendo uma aliança política não de agora, mas de muito tempo. Acho que não se governa este país só com um partido, mas apenas com partidos muito afins", disse.
O assessor especial reconheceu, porém, que há divergências ideológicas e políticas entre o PT e o PMDB. No entanto, Garcia disse que essas diferenças não podem impedir as negociações em busca de uma coligação partidária única.
"Há muitas diferenças entre o PMDB e o PT. Mas exatamente o segredo das coligações é a coligação entre os diferentes. Se as coligações fossem só entre iguais, nós estaríamos marchando para algo como no Uruguai, para uma frente ampla. Acho que nós podemos pensar em uma aproximação maior com os partidos que temos mais afinidades", afirmou.