Na posse do novo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende realizar reunião para buscar ajustes com o objetivo de evitar que obras públicas sejam paralisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), para o qual indicou o ex-titular da pasta, José Múcio.
Para o presidente, no TCU, Múcio vai ajudar na busca dos tais ajustes por ter sido deputado federal, passado pela articulação política do governo e ser formado em engenharia.%u201CÉ preciso achar um jeito mais fácil de as coisas acontecerem no país%u201D, afirmou Lula.
O presidente indicou José Múcio, que estava à frente da Secretaria de Relações Institucionais, para ocupar vaga de ministro do tribunal, no lugar de Marcos Vilaça, que se aposentou. %u201CVamos fazer uma reunião para tentar definir um comportamento que não diminua o TCU, mas também não coloque uma quantidade de obras paralisadas, sem explicação%u201D, disse Lula, acrescentando que a reunião será com deputados, ministros do tribunal e empresários.
Lula citou que, em visita a Fortaleza, soube que as obras do metrô da cidade foram paradas por conta de um suposto superfaturamento de R$ 227 milhões. Depois, segundo ele, descobriu-se que a quantia era de R$ 16 milhões, e as obras continuaram paralisadas. Lula critica com frequência decisões do TCU de parar obras.
Em seu discurso, Múcio afirmou que deixa a Secretaria de Relações Institucionais com a sensação de dever cumprido. Ele elogiou a chefe de gabinete do presidente, Gilberto Carvalho, que trabalha com %u201Cdiscrição e competência%u201D.
Alexandre Padilha, o novo ministro-chefe da pasta, estava na subchefia de Assuntos Federativos da secretaria. Em um discurso informal, ele afirmou que trabalhará %u201Cdia e noite para retribuir a confiança de Lula%u201D e que o governo abriu uma %u201Crelação republicana e de intenso diálogo%u201D com as prefeituras e o Congresso Nacional.
Ele estava na Secretaria de Relações Institucionais desde 2005 e assumiu a subchefia de Assuntos Federativos dois anos depois. Também foi diretor de saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).