A Mesa Diretora do Senado anunciou nesta quinta-feira (24/9) a extinção de 500 cargos não preenchidos na estrutura da Casa. Serão cargos efetivos e que não estavam ocupados, por isso, não vão gerar nenhuma economia.;Queremos apenas evitar que sejam preenchidos no futuro;, disse o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI).
Os cortes, no entanto, não atingem os terceirizados e os cargos comissionados, aqueles que são preenchidos por indicação política. Esses continuam até que o Senado termine estudo sobre os futuros cortes. ;Não vamos parar por aí, mas estamos apenas iniciando um processo;. A maioria das vagas cortadas são da gráfica do Senado.
[SAIBAMAIS]O Senado conta hoje com uma estrutura de 3,4 mil funcionários efetivos ; 2,8 mil comissionados e três mil terceirizados. As vagas extintas hoje poderiam ser ocupadas por concurso público em substituição aos indicados políticos e aos terceirizados, como recomenda o Tribunal de Contas da União. Mas, Heráclito comentou que a ideia é enxugar os gastos, também uma recomendação do TCU. ;Os cortes foram feitos;, disse.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) recomendou no mês passado corte de 85% nas diretorias e de 46% nas chefias. Com a medida, pretende-se economizar R$ 376 milhões por ano.
A auditoria feita pela FGV começou em maio, depois de denúncias de contratação irregular de funcionários, inclusive por meio de atos secretos, o que gerou uma crise e a consequente exoneração de diretores da Casa.