A morte do ministro Carlos Alberto Menezes Direito reabriu a disputa por uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos nove juristas são cotados para ocupar a vaga de Direito. O substituto deverá ser indicado nos próximos dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Será a oitava indicação de Lula para o STF, tribunal composto por 11 ministros. Antes de tomar posse, o escolhido terá de passar por uma sabatina no Senado Federal. Há grande pressão para que o posto seja assumido por um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corte na qual Menezes Direito foi ministro durante 11 anos.
São cotados para o cargo o presidente do STJ, Cesar Rocha, o vice, Ari Pargendler, e o ministro Luiz Fux. Rocha tem amplo trânsito na área política. Gaúcho, Pargendler tem o apoio do conterrâneo e ministro da Defesa, Nelson Jobim. A morte de Menezes Direito também reacendeu a candidatura de tradicionais postulantes ao cargo de ministro do STF. Entre eles, o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli. Com 41 anos de idade, Toffoli é considerado inexperiente por integrantes do STF para assumir uma cadeira no tribunal.
[SAIBAMAIS] Outro candidato forte à cadeira é o ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza. Muito respeitado nos tribunais, Antonio Fernando tem o apoio do vice-presidente do STF, Cezar Peluso, que recentemente lançou sua candidatura a uma cadeira no Supremo em plena sessão do tribunal. Assim como Menezes Direito, o ex-procurador é extremamente católico. Mas contra Antonio Fernando há certa resistência política por ele ter denunciado o grupo suspeito de envolvimento com o esquema do mensalão.
Entre os advogados, os cotados para substituir Menezes Direito são Luís Roberto Barroso, Arnaldo Malheiros, Misabel Derzi e Roberto Caldas. Barroso é considerado por ministros do STF o mais bem preparado para a vaga entre os advogados.