Jornal Correio Braziliense

Politica

Dezenas de pessoas vão ao Interlegis ver a performance do 'homem-aranha' francês

Quando Jean-Marie Maddeddu soprou os primeiros acordes em uma flauta de som rouco, chamando a atenção de dezenas de pessoas que aguardavam, em frente ao prédio do Interlegis, o tal "homem-aranha" francês, seu parceiro Antoine le Menestrel, foi dada a senha para o início do espetáculo Les Urbanologues Associés (Os Urbanólogos Associados). A apresentação da Compagnie Lézards Bleus foi mais um evento do Senado Cultural em parceria com a Aliança Francesa e a Embaixada da França. Feito um Flautista de Hamelim (que tirava do seu instrumento um som melodioso que atraía os ratos do reinado), Maddeddu conduziu a plateia para a frente do prédio do Interlegis, local do início do espetáculo. Em cima do prédio, Menestrel começou sua performance, uma mescla de teatro, humor e técnica em escalada. Foram cerca de 40 minutos de exibição: o maestro Maddeddu conduzia o público e afastava os fotógrafos e cinegrafistas para uma posição segura. Maddeddu interagia com o público e com o seu parceiro através de sons. Utilizando baquetas, ele produziu um rangido sonoro esfregando o mármore das paredes do prédio do Interlegis. Com um tipo de ocarina tocada pelo ar que expelia do nariz, ele interpretou trecho do hino francês. Enquanto isso, Menestrel descia do edifício deslizando com as mãos agarradas a uma corda. Acompanhando o ritmo do companheiro, ele dançava no ar. Menestrel: paletó, sapato e gravata. O mesmo traje do amigo. Carros dos bombeiros, da polícia, profissionais de resgate e a multidão que só crescia à medida em que a performance se desenrolava. Um caminhão passa, da janela o passageiro, talvez imaginando uma tentativa de suicídio, solta o grito infeliz e impensado: pula! Mas Menestrel não estava lá para isso, apenas para tornar diferente e inusitada a tarde da terça-feira. Ele e seu parceiro conseguiram.