O Conselho de Ética do Senado rejeitou, há pouco, todos os 11 recursos que pediam o desarquivamento de sete denúncias e quatro representações contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Com isso, ele está livre da abertura de processo de cassação de mandato.
Apesar de o líder do PT, senador Aloisio Mercadante (SP), defender a abertura de pelo menos uma das acusações contra Sarney, os três senadores petistas no colegiado - João Pedro (AM), Ideli Salvatti (SC) e Delcício Amaral - votaram a favor do arquivamento das ações, seguindo orientação do presidente da sigla, Ricardo Berzoini, e do Palácio Planalto.
Além dos petistas, votaram pelo arquivamento das acusações contra Sarney os senadores peemedebistas Wellington Salgado, Almeida Lima e Gilvan Borges, Inácio Arruda (PcdoB-CE), Romeu Tuma (PTB) e Gim Argello (PTB-DF).
Os senadores do DEM Demóstenes Torres (GO), Rosalba Ciarlini (RN) e Eliseu Rezende (MG) e os tucanos Marisa Serrano (MT) e Sérgio Guerra (PE), além de Jefferson Praia, do PDT, votaram a favor do desarquivamento.
No mesmo dia em que Sarney se livrou da abertura de um processo de cassação de mandato, ele e Lula almoçaram com o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, no Itamaraty. Durante todo o período de crise, Lula manifestou seu apoio ao presidente do senado apesar de ressaltar que sua preocupação maior é com a "instituição".