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Presidente do Conselho de Ética diz que não participa de 'acordo paralelo' por Sarney

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), negou hoje (12) participação em um possível acordo para manter o presidente José Sarney no comando da Casa. A acusação é de que ele arquivaria todas as denúncias contra Sarney como forma de silenciar o debate sobre as acusações que pesam contra o presidente da Casa e, assim, acabar com a crise.

;Não tem acordo paralelo nenhum que eu participe;, disse. ;Meus pareceres são técnicos e jurídicos, absolutamente;, ressaltou.

Ele apresenta à tarde o parecer contra o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Apesar de dizer que a decisão já está tomada, se negou a adiantar o parecer. Virgílio responde à [SAIBAMAIS] acusação de ter permitido que um funcionário de seu gabinete fosse morar no exterior e continuasse recebendo salários do Senado e por ter recebido um repasse de US$ 10 mil do ex-diretor da Casa Agaciel Maia ; afastado por seu envolvimento em supostas irregularidades - quando estava em viagem à França.

O Conselho de Ética ainda precisa analisar os recursos contra os arquivamentos de processos que tratam de José Sarney. Os processo foram arquivados pelo próprio Duque, sem ouvir o resto do colegiado, e agora cabe a ele marcar a votação, o que deve ser feita na próxima semana.