A Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo informou ontem que o cigarro será permitido em peças de teatro, quando o personagem interpretado for fumante. Ainda que haja %u201Cconcessão artística para o fumo%u201D, a plateia não poderá usar qualquer produto fumígeno durante o espetáculo. O entendimento do governo é que %u201Co fumo em cena é irrelevante do ponto de vista de prejudicar as outras pessoas%u201D. Anteriormente, a posição da gestão estadual era outra, de que seria exigida autorização para atores e atrizes fumarem no palco.
[SAIBAMAIS] A polêmica veio à tona durante o fim de semana, quando, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ator Antônio Fagundes afirmou que iria %u201Cpeitar a lei (antifumo)%u201D, por entender que a proibição do fumo feria a liberdade da arte. Fumante na vida real e prestes a interpretar um dependente da nicotina na peça Restos, Fagundes conseguiu que o governo paulista recuasse da ideia original de exigir pedido prévio, via Justiça, para o fumo %u201Cartístico%u201D
Segundo a Secretaria de Justiça, até o momento não há nenhum pedido de produções teatrais para fumar em cena. A proposta atual, diz o governo, é analisar durante os primeiros meses de aplicação da legislação - que começa a multar estabelecimentos infratores a partir de sexta-feira - qual é o comportamento do consumidor com a liberação do fumo em peças. Se for avaliado como necessário, mais para frente a publicidade dos espetáculo terá de informar os espectadores, no estilo %u201Cesta peça utiliza o fumo em cena%u201D. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.