O ministro Tarso Genro (Justiça) minimizou nesta quinta- feira a repercussão da declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que os senadores de oposição são bons pizzaiolos. Para Tarso, a frase de Lula não desconstitui o Senado mostra apenas a busca pela conciliação na Casa.
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"Acho que a expressão que o presidente usou, inclusive, não é uma expressão que desconstitui mais o Senado. O presidente falou mais no sentido de conciliação e de composição de crise, e não de ofensa pessoal de quem quer que seja", afirmou, depois de participar de evento do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), no Rio.
Tarso defendeu que a busca pela conciliação na crise é a melhor saída para o Senado. Ele considerou que a declaração de Lula não vai ajudar a intensificar o momento turbulento do Parlamento.
"Faz parte do debate político do país (a declaração). O presidente usou essa expressão de que vai haver uma conciliação, e pergunto a vocês: Tem outra saída? Não, é o que vai ocorrer, um processo de conciliação política", disse.
Sobre o indiciamento pela PF (Polícia Federal) do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), Tarso disse que se trata de um processo corriqueiro, e que não tem nenhuma relação com a crise política.
"É um trabalho normal, ordinário. Isso não quer dizer que ele seja culpado, quer dizer que ele vai ter que responder a um processo. Isso é normal dentro do Estado de direito democrático. Ocorre com diversas pessoas, em todo o país", comentou.
O ministro informou ainda que terá seu nome confirmado pelo PT, no próximo sábado, como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Tarso Genro explicou que buscará uma composição com partidos aliados, como PDT, PC do B, PSB e PTB.
"Eventualmente, posso ser candidato no Rio Grande do Sul. Vamos ter a convenção, provavelmente serei indicado, em torno de 70% dos delegados, e vamos oferecer o nome para nossos aliados", completou.