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Aliados consideram positiva anulação de atos secretos, mas oposição diz que medida demorou

A decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de determinar a anulação dos atos secretos na Casa repercutiu entre os parlamentares, inclusive entre os que pedem seu afastamento do cargo.O senador Renato Casagrande (PSB-ES), por exemplo, uma das principais vozes entre os que defendem a saída de Sarney da presidência da Casa, considerou adequada a anulação dos atos secretos. Para Casagrande, a decisão melhora a situação política de Sarney entre seus pares. Toda medida que o Sarney tome de enfrentamento da crise, melhora o ambiente em torno dele. No entanto, ressaltou o parlamentar, o presidente do Senado precisa esclarecer as denúncias que pesam contra ele, como as de irregularidades na Fundação José Sarney. Aliado de Sarney, o líder do PTB, Gim Argello (DF), não considerou tardia a decisão. Isso é o presidente Sarney. Doa a quem doer, ele tomou a decisão, destacou Argello. Ainda assim, Sarney não convenceu outros líderes com a decisão de anular os atos secretos, que foi anunciada hoje (13). Para o líder do PSDB, Arthur Virgílio (PSDB-AM), os atos deveriam ser anulados antes. Isso veio com um atraso brutal. Parece o sujeito que ri da piada um mês depois que ela foi contada, comparou. O líder do DEM, José Agripino (RN), tem opinião semelhante: Se está sendo feito agora, é sinal de que já poderia ter sido feito antes, afirmou. Sarney determinou a anulação dos 663 atos secretos e estabeleceu prazo de 30 dias para que a Diretoria-Geral do Senado defina como será o ressarcimento aos cofres públicos daquilo que eventualmente tenha sido pago de forma indevida.