O ministro da Defesa, Nelson Jobim, considerou "um equívoco" e um "retrocesso brutal" a impressão de votos eletrônicos, a partir das eleições gerais de 2014, como prevê a proposta de reforma eleitoral, aprovada ontem pela Câmara. Na avaliação do ministro, essa medida deve atrasar a apuração das eleições. Pela proposta, do total de votos, 2% serão auditados. Jobim, que participou hoje de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, para falar sobre as buscas de ossadas de guerrilheiros, no Araguaia, considerou positivos "no geral", os demais pontos da reforma.
Entre outros pontos, o texto básico da proposta de reforma na lei eleitoral elimina a necessidade de comparecimento de todos os candidatos a cargos majoritários em debates na TV, rádio e internet; libera propaganda na internet, nos sites de relacionamento, como o twitter e o Orkut, e por e-mails; e veda a propaganda em qualquer portal de empresa ou da administração direta ou indireta da União, Estados e municípios.