A Procuradoria - geral da República confirmou nesta segunda-feira que vem analisando documentos sigilosos sobre as denúncias contra a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB). Ela é suspeita de comprar uma mansão com dinheiro de caixa dois da campanha que a elegeu em 2006.
A instauração de um inquérito formal para apurar as denúncias, no entanto, vai fica a cargo do novo procurador-geral, já que Antonio Fernando de Souza deixou na última sexta-feira o cargo e seu substituto ainda não foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Se o novo procurador-geral instaurar o inquérito, Yeda terá direto a foro privilegiado, e responderá no STJ (Superior Tribunal de Justiça), responsável por julgar governadores. Enquanto o novo procurador-geral não é escolhido, a subprocuradora-geral da República Deborah Duprat vai exercer o cargo interinamente. *Denúncias* Yeda é suspeita de comprar apoios na Assembleia Legislativa, fazer barganha de cargos em estatais para obter maioria na Casa. Ela também teria assinado contratos irregulares com o Detran gaúcho. Outra suspeita é de que ela comprou uma mansão com dinheiro de Caixa 2 da campanha que a elegeu em 2006.