O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse há pouco que as denúncias publicadas pela revista IstoÉ contra ele são uma forma de calá-lo. O tucano, que voltou a cobrar a saída o presidente José Sarney (PMDB-AP) do cargo, subiu há pouco tribuna da Casa para questionar os fatos veiculados pela revista no último final de semana. Ele fez duras críticas publicação, que classificou como uma central de chantagens do país.
Virgílio afirmou ainda que as denúncias contra ele saíram das fontes agaceliana e sarneyliana, em referência ao presidente José Sarney e ao ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia.
Segundo a revista IstoÉ, o senador tucano abusou do gestual, mas escamoteou a verdade durante o discurso proferido na semana passada, quando pediu a prisão e a demissão do ex-diretor-geral do Senado. Na ocasião, Virgílio disse que o Senado estava calado por medo de Agaciel e citou alguns fatos que poderiam ser usados pelo ex-diretor para chantageá-lo.
Ao contrário do que disse Virgílio no plenário do Senado, a revista afirma, conforme altos funcionários da Casa, que o parlamentar pediu diretamente ao ex-diretor a liberação de dinheiro durante uma viagem que fez com a família França. O pedido teria sido intermediado por Carlos Homero Vieira Nina, que solicitou a Agaciel a quantia de US$ de 10 mil para liberar o cartão de crédito do tucano.
Ainda de segundo a reportagem, o ressarcimento dos custos do tratamento de saúde da mãe do senador amazonense também teria extrapolado as regras regimentais da Casa, com autorização do ex-diretor.