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Procuradoria emite parecer contra reabertura de fase em processo contra Cassol

O vice-procurador-geral eleitoral, Francisco Xavier, enviou parecer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) opinando pelo indeferimento do pedido do governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), para que seja reaberta a fase instrutória e ouvido Rodrigo Baltazar no processo de cassação de seu diploma.
O objetivo, segundo Cassol, é mostrar que houve conchavo criminoso para lhe tomar o mandato.

Xavier, no parecer, afirma que Baltazar tinha conhecimento dos fatos narrados já nas eleições de 2006, mas somente agora são ventilados com o evidente objetivo de adiar o julgamento do processo. Ele alega que Baltazar revela amplo conhecimento dos fatos e das testemunhas como se fosse um advogado que estudou a causa, "o que lança suspeita sobre a veracidade de suas declarações".

No começo do mês, o Ministério Público Federal ratificou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a recomendação para cassar o mandato de Cassol e de seu vice. O entendimento é do procurador-geral Eleitoral, Antonio Fernando Souza, que apresentou as alegações finais ao processo que tramita contra os políticos na Corte. No documento, Souza diz que há evidências de compra de voto e abuso de poder econômico durante a campanha eleitoral de 2006. Para comprovar seu entendimento, o procurador-geral cita o depoimento de funcionários de vigilância que prestavam serviços para o governo de Rondônia.

Segundo a denúncia, o governador integraria um esquema de contratação de funcionários de uma empresa de vigilância, às vésperas do primeiro turno das eleições de 2006, para trabalhar como "formiguinhas" --nome dado a cabos eleitorais--, o que caracterizaria a compra de votos. Em depoimento, os funcionários disseram que foram abordados durante o período eleitoral para votarem em Cassol e em outros três candidatos em troca de R$ 100.